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Sentindo o peito apertado? Descubra como técnicas de respiração ajudam a controlar a ansiedade

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Reportagem/Juliana Castelo
Suor excessivo, tontura, taquicardia e até sensação de desmaio podem ser sinais de problemas como infarto e outras doenças. Mas você sabia que esses mesmos sintomas podem ser expressões do corpo quando alguém tem crise de ansiedade? Dados da Organização Mundial da Saúde afirmam que 31,6% dos jovens brasileiros, de 18 a 24 anos, estão cada vez mais ansiosos.
Sem dúvidas, a rotina de quem tem ansiedade também pode ser afetada quando sintomas emocionais e comportamentais aparecem. A professora do curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Yram Miranda, explica quais são esses sinais que podem tirar o sono e a paz. “Preocupação e medo constantes, sensação de pânico sem motivo aparente, irritabilidade, impaciência são alertas emocionais. Isolamento, evitar situações sociais, ficar agitado ou ter dificuldade em se concentrar são os fatores comportamentais que podem estar presentes”, cita.
Você por acaso costuma ter pensamentos catastróficos, intrusivos, repetitivos sobre algum problema ou a hipótese de que algo muito ruim pode acontecer? Esses sintomas, de acordo com a psicóloga, são os cognitivos. Um outro sinal muito comum e que também é muito citado por quem tem sofrido com a saúde mental abalada é a dificuldade para respirar. Mas será que aprender controlar justamente a própria respiração poderia te tirar de uma crise?
“Da mesma maneira que quando nós estamos agitados e ansiosos, a nossa respiração acelera, quando estamos no estado de maior calmaria, de maior relaxamento, ela diminui. Uma vez que conseguimos controlar esse ritmo de respiração e observar seus efeitos no nosso organismo, nós também, dessa mesma maneira, enviamos ao cérebro e ao organismo mensagens de controle, de relaxamento, para que a gente consiga lidar com alguma situação de ansiedade”, explica Yram.
Quem aí se pergunta como essa dificuldade de respirar acontece na prática? A professora de Fisioterapia da Estácio, Rosa Garbino, conta que nos momentos de ansiedade, respirar se torna uma ação difícil, devido a fatores de dentro e de fora do corpo. “Em uma crise, o que geralmente acontece é a diminuição da expansibilidade torácica, o que acarreta em um aumento do esforço inspiratório, gerando uma respiração mais curta e mais rápida. Como é uma reação incompatível com a necessidade real externa, há a sensação de falta de ar, fazendo com que a pessoa busque ainda mais inspirar, mas pouco expirando”, afirma.
A fisioterapeuta revela, ainda, um exercício que pode te ajudar a sair dessa situação controlando o próprio ar. “Tente esvaziar a sua mente imaginando um local agradável e calmo como um rio, com árvores em volta e tente ouvir o barulho das águas. Depois, sente com as costas retas ou deite; coloque as mãos sobre a barriga e respire devagar, aumentando a barriga e contando até cinco. Dê uma pausa de dois segundos e solte o ar lentamente, contando até seis. Pratique esse padrão de 10 a 20 minutos por dia” finaliza Rosa.
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