Teresina apresentou, por sete semanas consecutivas, uma queda no número de atendimentos por Síndromes Gripais (SG), infecções respiratórias causadas por diversos agentes, entre eles o novo Coronavírus. No período de 21 a 27 de junho, foram registrados 20.016 atendimentos. Já entre os dias 9 e 15 de agosto, o número caiu para 11.875, sinalizando diminuição de 41% desses casos em Teresina.
Os dados foram extraídos do Painel de Dados Covid-19 da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, que contabiliza dados da rede pública e privada da capital piauiense. “Houve redução nos atendimentos por Síndromes Gripais, de forma gradual, desde a 26ª semana até a 33ª semana. No caso da 34ª semana, que só irá se encerrar no dia 22 de agosto, iremos observar se continua essa tendência de queda”, explica o médico infectologista do Comitê de Operações em Emergências (COE) da FMS, Kelsen Eulálio.
Ele informa ainda que fenômeno semelhante de queda foi observado na quantidade de pessoas que morreram em decorrência de complicações da Covid-19 e eram residentes em Teresina. Na 29ª semana, foram registradas 87 mortes e na 33ª semana, o número caiu para 43, o que representa diminuição de 50% de óbitos.
Segundo Kelsen Eulálio, essa alteração na curva pode ser um sinal de que o número elevado de casos aconteceu no mês de junho em Teresina. “Podemos inferir que estamos saindo do pico devido à queda expressiva no número dos atendimentos de Síndrome Gripal e dos óbitos pela doença, além da taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19, que tem se mantido sempre igual ou inferior a 70% nas últimas semanas”, informa.
O médico infectologista ressalta, entretanto, que, com a abertura das atividades econômicas, é importante que a população mantenha as medidas de higiene e de distanciamento social, além do uso de máscara, sob risco de haver uma segunda onda da doença.