Por Juliana Castelo
Quem nunca quis perder peso da noite para o dia? Lembra da alegria quando finalmente as medidas diminuem e dá para chegar naquele peso ideal? O problema é que, sem demorar muito, os quilos indesejados voltam com tudo e às vezes até mais do que antes. É uma missão impossível não ficar frustrado com o tal “efeito sanfona”, em que ora se perde, ora se ganha peso.
Emagreceu, mas não consegue manter o peso? Entre as causas podem estar aquelas dietas restritivas, em que a regra principal é cortar o máximo de alimentos em um período bem curto de tempo. Na verdade, esses regimes podem ser armadilhas para o corpo, conforme explicam os especialistas. “Para emagrecer é necessário cuidado, tempo e orientação de um profissional especializado. Diminuir peso não é difícil em si: a maior dificuldade está em manter. Então, é importante saber a forma como esse peso foi eliminado, pois se a perda foi muito rápida, ele tende a ser recuperado em um curto período de tempo”, explica a professora do curso de Nutrição da Facimp Wyden, Bárbara Soares.
Afinal, do que adianta a pressa para perder aqueles quilinhos a mais se basta o período da dieta “milagrosa” acabar para comer em quantidades maiores, compensando a fome? É nesse (mau) hábito que mora o fantasma do efeito sanfona. A especialista explica como o organismo realmente processa o emagrecimento. “O corpo possui inúmeros sistemas que regulam o peso, como o controle metabólico, os sinais biológicos de fome e de saciedade, os fatores hormonais, entre outros. Ou seja, o nosso cérebro necessita de um espaço de tempo para readequar o equilíbrio de peso corporal”, afirma Bárbara.
Na prática, isso significa que o processo de emagrecer de maneira saudável não tem nada de imediato: a palavra-chave para conquistar o peso que você deseja é equilíbrio, respeitando o seu corpo. Balancear as quantidades de comida de maneira consciente, sem querer compensar de forma exagerada nos exercícios físicos, bem como deixar de pular refeições são dicas valiosas. “Também é importante ter equilíbrio mental e resiliência, além de respeitar o gasto calórico e as necessidades fisiológicas”, finaliza a nutricionista.