O deputado estadual Edilázio Júnior (PSD) cobrou do governador Flávio Dino (PCdoB), na sessão de hoje na Assembleia Legislativa, postura democrática e de civilidade em relação ao presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
Edilázio citou como exemplo a solenidade de comemoração dos 30 anos da Constituição Federal, realizada ontem no Congresso Nacional, em que agentes públicos de diferentes linhas partidárias, ideológicas e políticas, além de representantes do Poder Judiciário do país, agiram em respeito à Carta Magna e em relação próprio presidente eleito, presente na sessão especial.
Edilázio advertiu Flávio Dino e pediu para que o comunista espere, pelo menos, o início do mandato de Bolsonaro.
“Peço para que os aliados do nosso governador, apesar da dificuldade que ele tem para o diálogo, falem a ele que a exemplo do Maranhão, onde a democracia foi respeitada na eleição, da mesma forma foi o pleito presidencial. A vontade popular foi prevaleceu na eleição de Jair Bolsonaro”, disse.
Ele citou a crítica de Dino ao convite formalizado ao juiz Sérgio Moro, e cobrou respeito às instituições.
“O governador sem ter mais até assunto para falar do presidente eleito, vai para as redes sociais até falar da posse de Brasília, que ocorrerá no dia 1º de janeiro, comparando com a sua no Maranhão. Vai para as redes sociais dizer que a posse dele, no dia 1º de janeiro é uma posse democrática, será uma posse alegre, uma posse feliz, uma posse festiva, com plumas e paetês e vai e ataca a posse do Presidente eleito com mais de 55 milhões de votos em Brasília. Então o Governador tem de saber respeitar a maioria, como nós respeitamos a maioria do estado do Maranhão”, completou.
No fim do discurso, ele afirmou que apesar de querer se promover nacionalmente, Flávio Dino precisa esperar pelo menos posse e os primeiros atos do presidente eleito.
“Se quer entrar nesse embate nacional, que aguarde mais um tempo, que dê uma quarentena, que espere os primeiros atos, os primeiros movimentos do presidente eleito, como a própria oposição fez aqui no Maranhão. Assim foi a ex-governadora Roseana, que deu essa quarentena ao presidente, o Lobão Filho, o Edson Lobão, enfim, todos esperaram o governo Flávio Dino, dois anos, para que pudesse aflorar novamente a oposição e fazer os contrapontos. Então governador, tenha um pouquinho de paciência, aguarde os atos que o presidente eleito terá”, finalizou.