O representante da Mega On, Gilberto Campelo, será ouvido hoje, 09, pela Comissão de Educação e Trabalho sobre os problemas e possíveis irregularidades no contrato de gestão da folha de pagamento da Superintendência da Limpeza de Timon. A empresa é responsável por gerir salários de garis, motoristas e outros servidores terceirizados na pasta, que vem sofrendo atraso desde o ano passado. O secretário de Limpeza Alexandre Luz, também convocado pela Comissão, não estará presente. Ele apresentou, ontem, um pedido para ser convocado para data posterior devido a situação em que se encontram algumas áreas de risco nas regiões ribeirinhas de Timon com famílias desabrigadas e que a pasta estaria encarregada de dar suporte logístico às famílias. A convocação está marcada para as 9hs, na Câmara.
O contrato entre a empresa Mega On e a Superintendência da Limpeza tem sofrido intercorrências e atraso nos pagamentos. Enquanto a empresa licitada diz que não vem recebendo os repasses mês a mês para saldar as folhas, a secretaria, por sua vez, diz que os pagamentos eram repassados. Na ponta desse jogo de empurra estavam os servidores que chegaram a amargar até 4 meses de salários atrasados colocados em dia após grande repercussão na Câmara e redes sociais.
A Mega On também administra as folhas de pagamento de parte de servidores das Secretarias de Educação, Saúde, Administração e Assistência Social e em todas existem atrasos de pagamentos por falta de repasses.
Segundo os membros da Comissão, Raimundo da Ração, Socorro Waquim e Antunes Macedo a reunião da hoje com o representante da empresa servirá para esclarecimentos sobre os atrasos constantes no pagamento da folha assim como tirar dúvidas sobre esse contrato.
Gilberto Campelo, que estará presente na reunião representante da Mega On também tem contrato através da Sousa Campelo no atendimento de serviços de transportes para várias secretarias em Timon, a maioria desses serviços são sublocados por outras empresas. A Sousa Campelo também aparece entre as empresas apontadas pelo Ministério Público Federal com irregularidades no desvio de recursos do transporte escolar nos Estados do Piauí e Maranhão. O inquérito policial está em andamento e no ano passado e neste ano foram presas 22 pessoas acusadas de fraude e desvio de mais de 300 milhões de reais do Fundef.