Com os 36 milhões depositados na conta da Prefeitura de Timon pelo governo federal no mês de dezembro de 2019 mais os 18 milhões depositados até hoje, 30 de janeiro, o governo Leitoa não pode alegar falta de dinheiro para o pagamento de compromissos e colocar em dia os salários em atraso dos servidores garis, merendeiras, motoristas, administrativos e zeladoras, terceirizados, alguns com cinco meses sem receber.
A situação desses servidores é de verdadeira penúria, constrangimentos e até desespero, relatam ao blogdoribinha, com pedido de que não sejam divulgados seus nomes com medo de represálias por parte da gestão do prefeito Luciano Leitoa.
Apesar dos salários atrasados, sem tem o que comer em casa, passando por privações e se escondendo dos cobradores – principalmente do quitandeiro da esquina -, alguns desses desamparados continuam servindo ao município de Timon e vão ao trabalho todos os dias, mas o clima de incerteza e desesperança é frustrante.
Relata um dos servidores, gari, que não tem mais como chegar em casa para encarar os familiares. “todo dia a mesma desculpa, o prefeito ainda não pagou a gente”, relatou o gari.
Na Secretaria de Administração nenhum gestor quer falar sobre o assunto. Na empresa terceirizada a mesma informação: “ainda não foi feito nenhum repasse”, diz o gari.
Alguns desses servidores foram contratados pela Coopmar, empresa terceirizada em sua primeira gestão para gerenciar as folhas de pagamento de cinco secretarias. A empresa é alvo de investigação pelo Grupo Especial Anti-Corrupção, e fechou suas portas em Timon deixando meses em atraso. Após esse desfecho criminoso da Coopmar, o prefeito contratou a Mega On, que não também abandonou os servidores com meses de atraso, a nova empresa, contratada no final do ano passado, segue o mesmo caminho das demais terceirizadas.
E a conta quem paga são os pobres servidores.