O promotor Rômulo Cordão, que foi coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), relatou em conversa ao Lupa1, que considera a decisão do magistrado de prender o jornalista Arimatéia Azevedo, “teratológica” e também chamou de “operação do Greco atabalhoada”. (Clique e leia a entrevista completa do Promotor ao Lupa).
Inicialmente, deixo claro que não tenho vínculo de amizade ou inimizade com os presos e as vítimas, e não conheço em absolutamente nada os fatos apurados. Mas algumas coisas me deixaram perplexo. Assim faço as seguintes reflexões: O Greco é um grupo de repressão ao crime organizado, porque tal grupo tratar de um caso dessa natureza, que pelo que parece, se quedou a um fato pontual entre réus e vítima? Se a investigação foi instaurada no mês de fevereiro, por qual motivo o Juiz concedeu as medidas sem ouvir o MP. Ora estamos em junho, não justifica durante todo esse tempo a investigação correr sem o acompanhamento do MP, diga-se de passagem, titular exclusivo da única ferramenta processual que poderá punir os réus, qual seja, a ação penal.