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Estudantes maranhenses representarão o Brasil em competição internacional de robótica nos Estados Unidos

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Reportagem/Jherry Dell’Marh
Três estudantes maranhenses estão prestes a viver uma experiência única: representar o Brasil na Inaugural RoboCupJunior Americas SuperRegional April 2025, uma das mais importantes competições internacionais de robótica educacional, que ocorrerá de 25 a 29 de abril de 2025, na Mercersburg Academy, na Pensilvânia, Estados Unidos. A equipe Robotronic conquistou a vaga após se destacar na etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), onde foi finalista entre os campeões estaduais. O desafio agora será ainda maior, com equipes de diversos países das Américas competindo em ligas que envolvem diferentes níveis de complexidade e habilidades. A competição visa incentivar o aprendizado colaborativo e prático de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
O projeto desenvolvido pelos alunos do Maranhão consiste em um robô autônomo de resgate, programado para seguir circuitos, superar obstáculos e identificar vítimas representadas por bolas de diferentes cores — uma simulação de operações reais de salvamento. Segundo o professor Matheus Fernandes, da escola Maple Bear e orientador da equipe, a ideia do robô foi baseada no próprio desafio da competição. “O robô precisa ser capaz de tomar decisões e se adaptar ao cenário da pista. As bolas prateadas representam vítimas vivas e a bola preta, uma vítima morta. O robô precisa identificar cada uma corretamente e agir conforme o tipo de resgate”, explica. Ele destaca que esse tipo de desafio estimula a criatividade, a lógica e o trabalho em equipe.
O desenvolvimento do robô exigiu estudo, testes e superação de dificuldades técnicas. “Os principais desafios foram a precisão na leitura dos sensores e a integração entre os componentes, especialmente a câmera e o controlador do robô. Utilizamos Python por ser uma linguagem muito versátil, o que nos permite programar com mais agilidade e precisão”, afirma o professor Matheus. Para ele, a conquista vai além da competição. “Representar o Maranhão e o Brasil é uma responsabilidade enorme. Queremos mostrar que o nosso estado é um solo fértil para a inovação e que temos talento para surpreender o mundo”, afirma.
João Vinícius, capitão da equipe, foi o responsável pela programação do robô. Ele explica que, como o time tem apenas três integrantes, cada um assumiu funções muito bem definidas. “A minha principal contribuição foi desenvolver o código em Python que define todas as ações do robô. Para cada obstáculo ou falha no percurso, precisamos criar soluções específicas. A programação exige estratégia e criatividade, porque temos que prever problemas e garantir que o robô saiba como resolvê-los”, destaca.
Já o aluno Matheus Lima Milhomem vê na competição uma chance de crescimento pessoal e profissional: “Além de testar nosso conhecimento, vamos conhecer outras equipes, formas diferentes de pensar, e interagir com pessoas de outros países. Isso vai nos ajudar tanto na robótica quanto como cidadãos no futuro”, garante.
Eduardo Luiz, também integrante da equipe, compartilha a expectativa para a disputa. “Para o campeonato eu estou um pouco nervoso, mas também muito animado. Já que eu vou poder ver vários robôs diferentes, várias ideias diferentes, e saber como eu posso montar outros robôs, ter mais ideias. E também estou um pouco nervoso porque é campeonato, é normal”, afirma.
Os alunos também enxergam na experiência internacional uma oportunidade de se prepararem para um setor em plena ascensão global. Os avanços na robótica mostram que o futuro já começou. Esse setor tem apresentado um crescimento expressivo e, segundo projeções, deve ultrapassar a marca de 42 bilhões de dólares até o fim de 2025. Informações da FIEE apontam que o mercado mundial de robótica registra uma expansão média anual de 5,5%, com estimativas de movimentar cerca de 95,93 bilhões de dólares até 2029.
No cenário internacional, as áreas mais impactadas pela utilização de robôs são a indústria automotiva, elétrica, eletrônica, metalúrgica, química e de alimentos. Já no setor de serviços, os robôs têm ganhado espaço principalmente em atividades comerciais e no atendimento ao público. No ranking global, o Brasil ocupa a 18ª posição entre os países com maior receita nesse segmento, com previsão de alcançar 390 milhões de dólares até 2027.
A participação na RoboCupJunior SuperRegional Américas é resultado de uma trajetória de dedicação à robótica educacional. A escola Maple Bear é bicampeã maranhense da OBR e já representou o estado em duas edições do campeonato nacional. Em 2023, participou da etapa nacional na Bahia, e em 2024, conquistou novamente o título estadual e chegou à final nacional, o que garantiu a vaga na competição internacional. Agora, os estudantes seguem focados na preparação para mais esse desafio, com o sonho de levar o nome do Maranhão ao pódio internacional da robótica.
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