Jogos de faz de conta estimulam a criatividade e habilidades de solução de problemas, afirmam especialistas
Por Juliana Castelo
Você quer que o seu filho fique ainda mais inteligente, criativo e aprenda a solucionar problemas? A solução para isso é… brincar! Especialistas afirmam que crianças que exercitam mais a fantasia e o faz-de-conta crescem mais saudáveis, desenvolvendo aspectos físicos, cognitivos, sociais e emocionais.
O professor de Psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Alexandro Cruz, explica que o desenvolvimento infantil acontece por meio do simbólico. Segundo ele, desde os primeiros meses de vida, os bebês começam a explorar o mundo ao seu redor por meio de brincadeiras simples, como segurar objetos e tentar imitar alguns sons. À medida que crescem, as brincadeiras se tornam cada vez mais elaboradas, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional das crianças.
“Diferente dos adultos, que já têm um raciocínio lógico desenvolvido, as crianças aprendem através das fantasias. E o brincar é uma forma de organizar as ideias através do fantasiar, sendo fundamental para regular as emoções”, afirma.
O PAPEL DOS PAIS
Quando a criança está brincando, de acordo com o psicólogo, ela também está processando as ideias e determinadas emoções, fazendo com que o seu desenvolvimento psíquico aconteça de forma saudável. “É importante que os pequenos brinquem e que tenham com quem brincar, promovendo também a socialização e desenvolvendo valores. Na brincadeira, eles também começam a fazer a distinção acerca de quem eles mesmos são e quem são os outros”, destaca.
Os pais também têm um papel fundamental e ativo nesse processo. “Ao invés de estimulá-los apenas com aparelhos eletrônicos, que têm sido constantes na atualidade, os pais podem fugir desses recursos, estimulando brincadeiras de correr, tabuleiros e criação de objetos a partir de materiais recicláveis, por exemplo. Isso ajuda na relação entre pais e filhos, mas também no desenvolvimento da criatividade das crianças, sendo essencial para que elas conheçam o mundo e se sintam empoderadas com a capacidade de intervir na realidade, além de gerar autoestima e segurança a longo prazo”, finaliza o profissional.