Retorno dos vereadores titulares, confinamento da base e outras artimanhas de bastidores, são as estratégias da base para evitar novo desastre na Câmara de Timon.
A base de sustentação do governo na Câmara de Timon – e diga-se de passagem o ex-prefeito Luciano Leitoa – se cercam de todo cuidado para não sofrer mais uma derrota na eleição antecipada da Mesa Diretora daquela Casa Legislativa, como as que ocorreram nos últimos biênios da legislatura passada 2019/2020 e na atual legislatura 2021/2022, onde o governo elegeu a maioria dos vereadores e não conseguiu eleger seus candidatos sofrendo derrotas para os oposicionistas Helber Guimarães e Uilma Resende, respectivamente.
O atual cenário garante a eleição do Vereador Celso Tacoani para o cargo com a base consolidada de 10 vereadores mais o voto de Irmão Francisco, vereador eleito pela oposição, que garantiu em 2021 a eleição de Uilma Resende, mas que logo depois mudou de base e hoje é o voto fiel na balança decisiva da eleição em favor do governo municipal.
E é por conta dessa minoria de voto que o governo vem se cercando de todos os cuidados para que o resultado seja positivo e não desastrosos como fora nos últimos pleitos conduzidos pelo ex-prefeito Luciano Leitoa.
Hoje retornam à Câmara os vereadores licenciados Felipe Andrade e Márcio Sá, ambos vinham exercendo cargos de secretários e suas vagas ocupadas pelos suplentes Jair Mayner e Alexandre da Comunidade, que deverão retornar para as cadeiras logo após o pleito marcado para acontecer em sessão extraordinária no próximo dia 11.
As eleições das mesas diretoras das Câmaras Municipais Brasil afora são sempre cercadas de eleições polêmicas, com pleitos marcados por traições na hora da declaração do voto, existem sempre situações de bastidores e narrativas de compras de votos e troca de favores dentro do legislativo com envolvimento do Executivo e seu interesse de que eleja a mesa e daí passe a dominar todo cenário de poderio político nas cidades.
Nos últimos anos, em Timon, por exemplo, cinco vereadores da base insatisfeitos com o posicionamento do então prefeito Luciano Leitoa, romperam com a base pela qual foram eleitos e promoveram junto com os vereadores de oposição a derrota ao ex-prefeito em 2019.
Em 2020, o governo elegeu uma base consolidada para eleger o presidente em 2021, mas três vereadores: Uilma Resende, Neto Peças e Doutor Torquato resolveram romper com o governo e com o grupo político dos Leitoas e elegeram Uilma Resende com o apoio dos vereadores eleitos pela oposição: Juarez Morais; Helber Guimarães; Alynne Macêdo: Jorge Passos; Ulysses Waquim; Kaká do Frugosá; Professora Vanda e Irmão Francisco, hoje na base do governo e mudando o cenário de disputa em favor da base do governo.
A base do governo aposta que esse cenário permaneça ou quem sabe ainda aumente até o dia da eleição em conquista de votos de vereadores de oposição para consolidar a vitória na disputa e assim voltar a estabelecer a hegemonia e liderança do governo nos pleitos dos seis primeiros anos implantados pelo grupo atual a partir de 2013 até 2019, por isso todos os cuidados estão sendo adotados para evitar as desagradáveis supresas e manobras que antecedem o pleito que poderá consolidar Celso Tacoani na presidência da Casa.
À oposição, as estratégias finais de ver um poder consolidado nos últimos quatro anos se esvair pelas mãos e aguardar os próximos passos políticos que tendem a uma reforma na Casa com os resultados da disputa eleitoral em nível estadual deste ano.
Isso sim será o novo norte político para muitos dos vereadores que estão no governo e oposição, pois a partir desse resultado em outubro, os olhos rumam para 2024 quando acontece a eleição municipal e daqui até lá muita água ainda vai rolar.
É aguardar pra ver!