Teresina registrou, na última segunda-feira (11), um percentual de isolamento social de 46%. O dado, coletado pela startup recifense InLoco por meio do monitoramento de 217 mil smarthphones, mostra uma alta em relação a índices anteriores, que já chegaram a registrar um isolamento social abaixo de 40% na capital. No entanto, o percentual continua bem inferior aos 73%, mínimo necessário para diminuir a propagação do novo coronavírus, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O monitoramento mostra ainda um ranking por regiões da cidade, no qual a zona leste apresenta o maior percentual de pessoas que ficaram em casa na última segunda-feira, com 48,7%. “Logo depois vem a região centro-norte, com 46,98%; seguida da zona sudeste, com 45,26%. A região que menos respeitou as determinações de isolamento social foi a zona sul de Teresina, com um percentual de apenas 44,78%”, aponta o analista de sistemas da Prefeitura, Eduardo Aguiar.
Quando se analisa de forma mais específica, a população da região da Avenida Frei Serafim, no Centro de Teresina, foi a que mais respeitou as medidas de isolamento, com 57,5% de sua população ficando em casa na última segunda-feira. Em seguida vem o bairro Aeroporto, zona norte, com 56,8%; seguido do Ininga, com 56,02%; Brasilar, com 54,75%, e Parque Brasil, com 53,95%. Na outra ponta da tabela, os bairros que menos respeitaram o isolamento social foram Angélica, Cabral, Flor do Campo, Vale do Gavião e Alegre, com percentuais de 33,3%, 35,6%, 40,1%, 40,1% e 40,5%, respectivamente.
Eduardo Aguiar explica que, além do monitoramento realizado pela statup InLoco, a Prefeitura de Teresina também passará a adotar dados gerados pelas operadoras de telefonia celular. Todos os celulares de Teresina estão conectados em uma estação de rádio-base. Quando há um deslocamento de uma estação para outra, ele detecta que houve essa mudança. É assim que o algoritmo das operadoras trabalha, com efeito que não necessita do GPS ligado dos celulares”, explicou.
Segundo essa outra base de dados, 50,5% dos teresinenses permaneceram em casa nesta segunda-feira. “Na capital, segundo os dados fornecidos pelas operadoras, há cerca de 1,4 milhão de celulares de pessoas residentes em Teresina, número bem superior aos quase 900 mil habitantes de Teresina. Essa divergência acontece porque uma pessoa pode ter mais do que uma linha telefônica ativa registrada em seu nome”, explicou Eduardo, destacando que, mesmo usando plataformas diferentes, os índices são semelhantes dentro da margem de erro.
A ferramenta permite saber qual o nível de respeito ao isolamento pelos usuários do aparelho celular, por meio do mapa de deslocamento produzido pelas operadoras. As informações de geolocalização são anônimas, portanto, não apontam a identificação individual do usuário. Além de Teresina, outras cidades brasileiras já usam essa tecnologia.