Depois da grande polêmica envolvendo a vereadora petista do município de Timon, Da Luz do 7 Estrelas, que admitiu ter sacado em 2020, quando era Conselheira Tutelar, recursos do Programa Social Bolsa Família de janeiro até o mês de novembro, desta vez outro vereador está na lista por ter sacado dinheiro do auxílio emergencial destinado pelo governo federal aos profissionais liberais.
O assunto de que Ulysses Waquim (PSD), vereador, vice-líder da oposição e presidente da CPI da Covid, de que teria sacado 1 mil e 200 reais do auxílio emergencial no ano passado, foi suscitado esta semana em grupos sociais, após o fato com a vereadora petista ter grande repercussão nas redes sociais.
Assim como fez com a vereadora petista, o blogdoribinha procurou o vereador Ulysses Waquim para saber dele alguns esclarecimentos sobre esses saques, que a princípio e à luz dos esclarecimentos, não teve ilegalidade nenhuma, pois Ulysses Waquim, no período em que recebeu o auxílio, ainda não era vereador da cidade, embora muita gente entenda que como empresário e dono de dois negócios registrados, além de outros na informalidade, Ulysses tenha um lastro maior que outras pessoas, que durante a pandemia não tiveram nem como sobreviver com os 600 reais destinados pelo governo federal como auxílio emergencial.
Antes que conversar com o vereador Ulysses Waquim, o blog fez um pesquisa no site da Caixa Econômica para saber a veracidade das informações que circulavam nas redes sociais. De acordo com a pesquisa, Ulysses Almeida Waquim deu entrada com requerimento solicitando o auxílio emergencial no dia 17 de abril de 2020; no dia 18 de abril seu pedido foi analisado pelo sistema Dataprev e no dia 24 foi enviado para a Caixa Econômica sendo pago a primeira e segunda parcelas de 600 reais nos dias 04 e 20 de maio de 2020, respectivamente. No 24 de junho ao lado da parcela de 600 reais creditada na conta beneficiário aparece a palavra “CANCELADA” e nas duas parcelas seguintes no dia 23 de abril aparece a palavra “Prevista”.
TEMA SENSACIONALISTA E SEM COMPROMISSO COM A VERDADE DOS ALIADOS DA PREFEITA.
Eu não era vereador em abril de 2020. REPITO: Eu não era vereador! Sou um CIDADÃO e à época apenas um empreendedor da cidade de Timon. Hoje estou vereador, mas, como profissional liberal, gerava emprego e renda em Timon. Repito: no início da pandemia em 2020, em abril, não era vereador. Iniciei meu mandato em janeiro de 2021. Eu arco com minhas próprias responsabilidades financeiras.
Com o surgimento da pandemia, todas as pessoas, especialmente os profissionais autônomos, viram-se desesperados com o fechamento do comércio de uma hora para outra. Todos fomos pegos de surpresa. Todos sem renda e preocupados! Trabalhadores demitidos! E comigo, que sou empreendedor, não foi diferente. Portanto, em abril solicitei o auxílio diante do comércio fechado e com tantas obrigações que tínhamos para serem cumpridas. Foram creditadas apenas duas parcelas. O intuito foi conseguir manter minhas obrigações e, assim, os negócios vivos junto aos funcionários. Até porque naquele momento o auxílio era a única solução dada pelo governo aos trabalhadores e empreendedores. Tentei não fechar meus dois negócios, mas, infelizmente, mesmo após muitos esforços, fui obrigado a fechá-los devido à crise trazida pela pandemia.
Na época da criação do auxílio emergencial, por meio do Decreto Federal, não era proibido pessoas com patrimônio declarado requeressem o auxílio como alguns insinuaram erradamente. Proibição só passou a existir em setembro de 2020 e, nessa época, eu não pedi o auxílio.
– Não sou diferente de nenhum outro cidadão que seja profissional liberal, pois também enfrentei dificuldades e também tenho deveres e direitos! A crise foi para todos! Hoje, estando vereador, sou agente público e, portanto, não poderia solicitar o auxílio!
Friso que nunca desrespeitei alguém na minha cidade e nunca cometi crime! Tenho a minha conduta social com os pés no chão e continuarei firme nela!
Esse assunto sensacionalista desvirtua as informações com intuito de exposição política porque sou contra o atual governo da minha cidade que oprime o povo! Aqueles que tentam me injuriar ou difamar com essa situação, já estou tomando as medidas judiciais cabíveis!
Abaixo a integra da entrevista feita pelo blogdoribinha com o vereador
Ulysses Waquim: Ribinha, essa foi resposta tinha feito à época. Minhas considerações aí.
blog doribinha: O senhor fez o cadastro como pessoa física, mas fala de negócios que tinha na época e que foram fechados. Que negócios são esses. O senhor pode citar?
blogdoribinha: Outra questão que queria esclarecer é o fato do senhor ter recebido somente as duas parcelas, já que como o senhor afirma, tinha direito, mas pediu o cancelamento? Por que?
Ulysses Waquim: O decreto previa para profissionais liberais e autônomos, por isso a inscrição era feita por pessoas físicas. Na época, meus negócios eram em relação aos empreendimentos “Posto 7 Auto-lavagem” e “Quitanda Choperia”.
Ulysses Waquim: Porque no primeiro momento os negócios foram afetados imensamente e todos foram pegos de surpresa. Durante os meses iniciais, foi o tempo em que decidimos outros caminhos para os empreendimentos e não mais solicitei renovação do auxílio.
Ulysses Waquim: Por último, um esclarecimento: qual a conduta, que está sendo imputada a mim, para eu poder me posicionar melhor quanto às informações… blogdoribinha: Por mim, nenhuma, somente esclarecimentos sobre o assunto. Blogdoribinha: Obrigado pelos esclarecimentos Ulysses Waquim: Obrigado também meu amigo, pelos esclarecimentos !!