O vereador Thiago Carvalho (DEM) é uma das milhões de vítimas que tiveram o número de CPF usado de forma indevida para solicitar o pagamento do auxílio emergencial. O parlamentar descobriu a existência de um cadastro com seu nome após receber ‘prints’ enviados pelo presidente da Câmara Municipal de Timon, o vereador Uilma Resende, no WhatsApp privado de algumas pessoas.
“Fiquei sabendo dessa situação através dos prints encaminhados pelo vereador Uilma para algumas pessoas no privado. Nunca solicitei esse auxílio, e quem quiser pode verificar no site do DataPrev e ver que o benefício foi solicitado, porém lá consta que não foi aprovado e o dinheiro não foi recebido. Fico triste com essa tentativa de envolver meu nome em relação à má utilização do dinheiro público. Recentemente, tive minha foto utilizada em outro número de celular para dar golpes em pessoas. Isso tudo é muito lamentável”, afirma Thiago Carvalho.
Após ter conhecimento da existência do uso de seu CPF de forma indevida, o vereador Thiago Carvalho já fez o contato com o Ministério da Cidadania, por meio dos telefones 121 ou 0800-707-2003, para avisar que não foi ele quem fez o cadastro e que este CPF não é apto a receber, bloqueando qualquer possibilidade de andamento do processo de liberação do dinheiro junto à Caixa Econômica Federal.
“Vou solicitar ao presidente da Câmara que ele mesmo peça a polícia federal para investigar se eu solicitei auxílio emergencial. Não recebi nenhum recurso desta natureza e por isso mesmo não tenho nada a esconder”, argumenta Thiago Carvalho.
O Tribunal de Contas (TCU) consolidou o resultado das principais fiscalizações ao longo de 2020 nas ações de implementação e pagamento do auxílio emergencial. O documento aponta que os valores fraudados, cerca de R$ 54 bilhões, seriam suficientes para pagar o benefício de R$ 300 a 60 milhões de pessoas durante três meses.