Aumento do descontrole da diabetes durante a pandemia pode estar relacionado à má alimentação e falta de exercícios, explica nutricionista
A nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina, Crislane Costa, explica que há uma diferença cultural entre os tipos da doença, o que significa que cada paciente reagiu de maneira diferente quanto à rotina alimentar, o que interfere nas reações do organismo. “Quem tem a diabetes do tipo 1, geralmente crianças e adolescentes, consegue administrar melhor por terem auxílios mais impositivos e por saberem da agressividade da doença, que faz com que o indivíduo tenha um controle diário da glicemia. Mas os que têm o tipo 2 estão mais na fase adulta e têm interferências externas mais incisivas em negligenciar a alimentação, os exercícios físicos e o controle da glicemia. Aí voltamos sempre para a questão da alimentação. Descuidar desse detalhe é brincar com a saúde, principalmente para quem depende dela a fim de evitar os efeitos colaterais da má nutrição”, pontua Crislane.
A professora também ressalta a necessidade da atenção dos pacientes nos cuidados complementares à dieta, uma vez que o controle da glicemia durante períodos restritivos foi bastante prejudicado pela falta de atividades físicas, por exemplo. Por esta razão, muitos médicos e profissionais da saúde perceberam alterações consideráveis nesse público, exigindo mais atenção às individualidades da diabetes. “Durante o isolamento, as pessoas adultas se entregaram ao sedentarismo. Enquanto as crianças e adolescentes, ainda que reduzido, conseguiam se movimentar em brincadeiras e atividades lúdicas. Mas os que têm a diabetes tipo 2, geralmente mais adultos, ficaram ociosos e, consequentemente, ganharam peso. Isso explica um pouco do que a pesquisa pontuou, uma vez que o desequilíbrio alimentar associado ao sedentarismo causa o descontrole da diabetes”, finaliza a nutricionista Crislane Costa.
A grande maioria das pessoas com o tipo 2 da diabetes pode não perceber ou descuidar dos sintomas, sendo essencial a realização de exames preventivos com regularidade. Somando-se a isso, a UNINASSAU Teresina oferece atendimento nutricional para a comunidade, promovendo o apoio na complexidade que envolve a alimentação e promoção do bem-estar do paciente. Em razão do recesso acadêmico, a previsão do retorno dos atendimentos está prevista para o mês de março de 2022 na Clínica-Escola de Nutrição, localizada no prédio do Centro Universitário, Av. Jóquei Clube, nº 710.