Se não for trocado com frequência, utensílio pode armazenar bactérias, alerta especialista
Por Juliana Castelo
Um ano novo começou. Que tal aproveitar este início de um novo ciclo para trocar a escova de dentes? Apesar de ser uma companheira diária e essencial na hora da higiene, esse utensílio pode armazenar microrganismos que oferecem riscos à saúde. Por isso, deve ser trocado com frequência.
A biomédica e professora da Faculdade de Medicina de Açailândia (IDOMED Fameac), Milca Abda de Morais, alerta que as cerdas das escovas de dentes podem ser ambientes propícios para a proliferação de agentes infecciosos, como bactérias e fungos. Isso porque elas ficam úmidas e são, geralmente, guardadas em locais escuros e sem ventilação. “Assim, microrganismos causadores de gripe, resfriado e de doenças bucais, como cárie e gengivite, podem ficar alojados nas cerdas da escova”, explica.
A especialista orienta que a escova de dentes deve ser substituída, no mínimo, a cada 90 dias “Essa troca pode ser feita antes, caso as cerdas já estejam deformadas”, recomenda.
Mesmo antes da troca, porém, alguns hábitos simples podem manter a sua escova de dentes livre de contaminação por mais tempo. Milca orienta que, logo após a escovação, é indicado agitar as cerdas da escova de dentes, secá-la bem e guardá-la na vertical e em local arejado.
A especialista alerta, ainda, que se deve evitar o contato entre as escovas, para evitar que os microrganismos se proliferem através dessa proximidade. “Se puder, tenha um porta-escovas com fendas arejadas, o qual também deve ser higienizado rotineiramente, e não use capas protetoras que dificultem a secagem. Afinal, quanto mais tempo a escova ficar úmida, mais propício é o ambiente para o crescimento das bactérias”, afirma.