Desde ontem, 31 de agosto, até o dia 16 deste, decorrerá o prazo legal eleitoral para que os partidos que irão concorrer às eleições municipais realizem suas convenções. Esta é hora mais aguardado dos pleitos nas cidades, pois a partir da convenção, mesmo que haja algum tipo de decisão pós convenção, só valerá o que está nas atas lavradas pelos partidos que determinarão registro de candidaturas para cargos majoritários e alianças politicas e os registros de candidatos que concorrerão aos cargos proporcionais, que este ano, tem como novidade, a não coligação, cada partido terá que a apresentar seus registros constando dos nomes com tudo que determina a lei, inclusive a cota de 30 por cento dos cargos inscritos com mulheres.
Embora a lei seja determinante para estabelecer os elos políticos e alianças, é nos bastidores que as disputas, literalmente “pegam fogo”, e cada um busca a forma mais confortável ou até incômoda para estabelecer aliança e proporcionar ao candidato majoritário o fortalecimento de suas candidaturas como ponto crucial para se chegar à vitória em 15 de novembro.
Em Timon, que não é diferente das outras mais de 5 mil cidades que decidem o destino politico das gestões, a partir de 2021, as especulações são enormes e prognosticam perdas de partidos das bases e ou vertentes que estão no processo assim como saída ou perda de candidatos.
Ontem, por exemplo, circulou a informação de que o pré-candidato Coronel Schnneyder teria conversado o presidente do PSDB no Maranhão Senador Roberto Rocha e da conversa a decisão de se filiar ao partido dos tucanos teria sido acertado. O presidente do diretório municipal do partido em Timon vereador Antunes, não descartou e nem confirmou o acordo, mas disse que: “Não fui informado, o único fato de concreto é que houve a conversa e que o PSDB irá apoiar a candidatura do Comandante Schnneyder como já foi publicizado”, mas apesar da resposta do vereador, não são os diretórios municipais, em sua integralidade, que dão a decisão final sobre alianças. As alianças, na grande maioria, são definidas pelas executivas estaduais dos partidos obedecendo a acordo feito pelas executivas nacionais, portanto, é arriscado dizer que tudo até aqui está definido com decisão do diretórios municipais.
O PSDB maranhense, por exemplo, decidiu esta semana retirar a pré-candidatura do deputado estadual Wellington do Curso a prefeito de São Luiz para apoiar o pré-candidato deputado Eduardo Braide, do Podemos, que é o favorito na disputa. A decisão do Roberto Rocha está sendo encarada pelos aliados do deputado Wellington como traição política.
Na esteira das alianças politicas e de forma surpresa, também com relação ao pleito de São Luiz, a ex-governadora Roseana Sarney fechou questão do DEM. que está na disputa com o ex-secretário de Flávio Dino Neto Evangelista. A coligação causa estranheza pelo fato de partir de agora, aliados do governador Flávio Dino serão vistos com Roseana no mesmo “palaque”, como é o caso do senador Weverton Rocha, que já compareceu ao ato de apoio da ex-governadora ao DEM. Roseana anunciando apoio a Neto Evangelista.
Republicanos. Qual o destiino?
Voltando à questão do pleito timonense, a especulação recorrente, por conta da informação de que o Coronel Schnneyder poderá se filiar ao PSDB, diz que, até partidários do pré-candidato entendem, que se isso vier a acontecer, será encarado como quebra de acordo por parte do Coronel com o partido Republicanos, que é da base de Flávio Dino e foi entregue à mulher do Coronel, Doris Andreia com o intuito de que seu marido assinasse a ficha de filiação e disputasse pelo partido o cargo de prefeito. Por isso, entendem que, se isso a vier (a ida do Coronel para o partido dos tucanos) a ocorrer, inevitavelmente, o Republicanos não ficará nas mãos do Coronel.
Lembrando que, pelo fato de ser militar da ativa, o Coronel tem até o prazo final, ou seja 16 de setembro, para decidir em qual partido se filiará para a disputa.