O Humanitas – Grupo de teatro comemora 18 anos dedicados aos tablados e promete movimentar o cenário cultural com uma programação para agradar todos os públicos. Ao longo da caminhada o grupo já participou de importantes festivais nacionais e internacionais e acumula prêmios de Melhor ator, Melhor espetáculo, dentre outros. A companhia é responsável pelo “Encontro dos artistas timonenses”, “Paixão de Cristo de Timon” e “O Auto de Natal timonense”.
O evento contará com a Mostra repertório, que traz aos palcos “As sete irmãs”, do dramaturgo cearense Walden Luiz, clássico da trupe que lhes concedeu os prêmios de Melhor Espetáculo, Melhor Figurino, Melhor Ator Revelação e Melhor Atriz Revelação em festivais na região. O espetáculo aborda a hilariante história de sete freiras nada convencionais com suas qualidades e defeitos. Cada uma delas é caracterizada por um dos pecados capitais em um enredo cheio de conflitos no convento. A peça conta a história dessas mulheres que dedicaram sua vida à religião. Em certo ponto, vontades, desejos reprimidos e traumas não superados, começam a emergir, indo de encontro às imposições da família, sociedade ou das próprias personagens. O que é pecado? Como lidar com os desejos sem ir contra o compromisso religioso? O conflito interno responde algumas dessas perguntas.
Além da apresentação de “As Sete Irmãs” o Grupo estreará o seu mais novo trabalho. Trata-se de “O Soldado e a Florista” que conta a história dos recém-casados o soldado João e a florista Maria. Ela adora flores e quer construir um jardim suspenso. O lugar escolhido – nem um pouco comum – é a Floresta das Árvores Cantoras. João, por sua vez, adora aventuras, ele será o guia até a floresta. Mas, para um herói atrapalhado a missão torna-se difícil, pois conseguir realizar os sonhos de uma esposa não é tarefa simples. Maria tem uma lista de quereres. Ao chegarem ao local indicado, encontram a floresta devastada. Inicia-se uma busca para encontrar pistas e desvendar o ocorrido. Juntos enfrentarão a Senhorita Cinzenta, figura estranha, sem paciência para flores e cores, responsável pela destruição das árvores cantoras.
Para Júnior Marks, diretor da companhia desde a fundação, comemorar 18 anos de existência de uma companhia teatral nesta parte do Brasil é extremamente singular. “Confesso que não foi fácil chegar até aqui. Muitos percalços, muita falta de apoio. Se a gente não fizer teatro por amor a gente não faz nunca. Chegamos num ponto que isso tem que acabar. Isso é uma profissão como qualquer outra. Só amor não tá dando pra nos sustentar. Falta apoio, falta prestígio, falta FÉ de que a Arte nos aponte uma saída”, desabafa.
A comemoração será nos dias 08 e 10 de novembro no Teatro do Boi. No primeiro dia às 18h30 com a estreia do espetáculo “O Soldado e a Florista” e no dia 10, às 19h, a reapresentação de “As sete irmãs”.